Eu vi o Brasil com sede: a crise da água já chegou.

Eu acordei hoje com uma notícia que deveria estar na manchete de todos os jornais: o Brasil está prestes a enfrentar um colapso no abastecimento de água potável. Enquanto muitos ainda lavam calçadas com mangueiras, os rios estão secando, os aquíferos sendo drenados sem controle e o desperdício continua invisível, como se água fosse infinita.

Eu não estou exagerando. Dados da Agência Nacional de Águas mostram que quase 60% dos municípios brasileiros já enfrentaram algum tipo de crise hídrica nos últimos anos. O problema não está apenas no sertão: está chegando às grandes capitais, aos centros urbanos e até às zonas rurais que antes viviam do cultivo irrigado.

Eu cresci ouvindo que o Brasil era o país da água doce. Mas hoje, vejo que esse discurso virou uma ilusão perigosa. O Cerrado, que abastece boa parte dos rios do país, está sendo destruído para dar lugar à soja. As nascentes estão morrendo, e os governantes seguem adiando soluções que já deveriam estar em prática há décadas.

Eu me pergunto: o que mais precisa acontecer para que a gente acorde? Será preciso abrir a torneira e não ver mais nenhuma gota cair?

Eu acredito que ainda há tempo, mas é preciso atitude. É hora de rever hábitos, cobrar políticas públicas, proteger as florestas e investir em tecnologias que reutilizem a água e preservem nossos recursos.

Eu convido você, leitor do meu blog, a fazer parte dessa mudança. Comece em casa. Denuncie. Compartilhe. Fale sobre isso. Porque a água é vida — e a vida não espera.

Assinado: José Aurélio Massutti

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