ACIDENTES EM IGREJAS DE SALVADOR E O RISCO EMINENTE NAS IGREJAS CATOLICAS DO NORDESTE
Acidentes em Igrejas de Salvador e o Risco Imminente nas Igrejas Católicas no Nordeste
Recentemente, o Brasil se viu diante de um trágico incidente na Igreja de São Francisco de Assis, em Salvador, quando parte de seu teto desabou e resultou na morte de uma turista e deixou outras cinco pessoas feridas. Este acidente, ocorrido no dia 5 de fevereiro de 2025, trouxe à tona uma realidade alarmante: a falta de manutenção e conservação nas igrejas católicas, tanto em Salvador quanto em outras capitais nordestinas.
A Igreja de São Francisco, famosa por sua riqueza histórica e arquitetônica, já vinha apresentando sinais de deterioração estrutural. A edificação, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), não estava recebendo os devidos reparos, apesar de saber-se dos riscos. Após o desabamento, outras igrejas de Salvador passaram por vistorias e sete delas foram interditadas devido a problemas estruturais graves.
Infelizmente, esse não é um problema isolado. Um levantamento recente revelou que cerca de 99 igrejas e edificações religiosas em todo o Brasil estão em condições críticas, com destaque para estados como Minas Gerais, Pernambuco e Bahia. A falta de conservação nessas igrejas não é apenas uma questão de preservação do patrimônio histórico, mas também de segurança para os milhares de fiéis e turistas que as visitam.
As manifestações da população, assim como dos próprios órgãos competentes, apontam uma gestão ineficaz dos recursos destinados a reparos. Muitos recursos que chegaram para melhorias não foram de fato utilizados para esse fim, sendo desviados ou mal administrados. Essa situação cria um ciclo vicioso, onde a falta de investimentos adequados compromete a segurança, e os acidentes geram um impacto ainda maior na percepção da população sobre a falta de responsabilidade na manutenção desses espaços sagrados.
É fundamental que o poder público e as autoridades responsáveis pela preservação do patrimônio histórico investiguem as causas desses incidentes. Além disso, é necessário garantir que os recursos destinados à manutenção das igrejas sejam aplicados de forma transparente e eficaz, para evitar que tragédias como a de Salvador se repitam em outras cidades nordestinas ou em qualquer outro ponto do Brasil.
A preservação do patrimônio cultural religioso não é apenas uma obrigação legal, mas também um dever de todos nós para garantir a segurança e a memória de um Brasil repleto de história e fé.
Comentários
Postar um comentário