A FOME NO BRASIL: UMA REALIDADE QUE NAO PODEMOS IGNORAR
A Fome no Norte do Brasil: Uma Realidade que Não Podemos Ignorar
Hoje quero falar sobre uma realidade que corta o coração e deveria indignar qualquer um: a fome no Norte do Brasil. Enquanto muitos de nós seguimos com nossas vidas, milhões de pessoas enfrentam diariamente o desafio de sobreviver sem o básico para comer. Quero trazer aqui alguns números e histórias que mostram o quanto isso é grave.
Para começar, vamos falar de Belém, no Pará. Apesar de ser uma das capitais mais conhecidas da região, mais de 30% da população da cidade vive abaixo da linha da pobreza, segundo dados do IBGE de 2022. Isso significa que milhares de famílias dependem de doações ou de programas sociais para colocar comida na mesa.
Em Manaus, no Amazonas, o contraste é ainda mais cruel. A cidade, que é um dos principais centros econômicos da região, tem bairros como a Zona Leste, onde a insegurança alimentar grave atinge cerca de 25% das famílias. Imagine isso: um em cada quatro lares não sabe se terá o que comer no próximo dia.
E essa crise não para por aí. No interior do Pará, por exemplo, cidades como Altamira e Marabá também sofrem. Altamira, que é a maior cidade do Brasil em território, enfrenta o paradoxo da abundância. Mesmo com tantos recursos naturais ao redor, a pobreza extrema atinge quase 40% da população rural. São crianças indo para a escola com fome, pais desesperados por trabalho e comunidades inteiras esquecidas.
Segundo o Mapa da Fome da ONU, em 2023, o Brasil voltou ao cenário de países onde a fome é uma preocupação grave, com mais de 33 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar grave. Uma boa parte dessas pessoas está na região Norte. Lá, a dificuldade de acesso a alimentos é agravada pelas longas distâncias, pela falta de infraestrutura e pela desigualdade social.
Um dado que me chocou foi saber que, no Amazonas, há comunidades ribeirinhas onde o transporte de alimentos demora dias e até semanas. E quando os alimentos chegam, estão caros demais para quem vive com menos de R$ 150 por mês. Não é raro ouvir relatos de famílias que sobrevivem apenas de farinha e água.
E não é só o alimento que falta. A fome também reflete em outros aspectos: crianças desnutridas que não conseguem aprender na escola, jovens que abandonam os estudos para trabalhar e ajudar em casa, e até idosos que enfrentam a velhice sem dignidade.
Mas sabe o que dói mais? É saber que essa situação poderia ser diferente. O Norte do Brasil é uma região riquíssima em recursos naturais, com rios que alimentam o país inteiro e florestas que sustentam o equilíbrio ambiental do planeta. Ainda assim, o povo que vive lá é esquecido, tratado como invisível.
Eu não escrevo isso apenas para chocar. Escrevo porque acredito que precisamos abrir os olhos para essa realidade e cobrar mudanças. Não podemos aceitar que, em pleno 2025, crianças brasileiras durmam com fome enquanto assistimos a desperdícios gigantescos de comida em outras partes do país.
A fome no Norte é uma ferida aberta que escancara as desigualdades do nosso país. E enquanto não enfrentarmos isso de frente, como sociedade, estaremos falhando como nação.
E você, o que acha que podemos fazer para mudar essa realidade?
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